E talvez houvesse mais uma tentativa. Talvez àquele não fosse o fim. Talvez ela não quisesse o final. Talvez ela tentou acreditar que pudesse ser uma vírgula naquela história, talvez apenas um ponto vírgula, mas não um ponto. Final.

"Confie em mim querida". Mas ela queria poder escapar, ele é um mau contador de histórias e ela está livre para ir. E se esvai.

Talvez tivesse ainda uma ligação. Talvez existisse ainda alguma faísca que pudesse reacender essa chama. Talvez ela quisesse apenas olhar em seus olhos e buscar respostas que não poderiam serem respondidas somente com palavras.

Ela está perdendo o sono, está sempre na mente dela e ela chora toda a vez. Ela está pensativa e a causa é você. Seu coração ainda sangra e se ela pudesse voltar no tempo se certificaria que a luz poderia derrotar a escuridão. Mas ela agradece pelo dia que poderá ficar tudo bem. Então ela se mantém segura.

Talvez ela só quisesse que você percebesse o que ninguém vê. Talvez alguma outra razão para ela acreditar quando tudo se está perdido. E, sem nenhum motivo para ficar é um bom motivo para se ir.

Hora de partir. Agora a poeira está lá fora junto de onde haviam plantado um jardim, onde as rajadas caem e afogam seus corações desaparecendo na inundação. Ramos tão frágeis desse amor são levados pela tempestade. A terra escapa entre seus dedos e há apenas um deserto silencioso e cortante de folhas caídas pelo chão. Ela não está mais entre as suas flores. 

Você sabe que alguém precisa dela mais do que ela de alguém. Há um vislumbre nela que irradia como os raios de sol e transmite paz como a chuva caindo no telhado em dias cinzentos. Ela, talvez, precisasse saber: você a deixaria morrer ou a deixaria crescer? Receio que o seu coração queira deixá-la florescer. Talvez, em você mais uma vez.

Mas acho que você nunca vai entender. Sei que não quer ouvir isso, mas ela esperou que a regasse. Nenhuma palavra a mais e, então ela se vai.

Flor, talvez em outro amor, ela florescerá outra vez.